Perspectiva interna da empresa: em que devemos ser excelentes



Os indicadores voltados para os clientes são importantes, mas devem ser convertidos em atividades internas da empresa para atender às expectativas dos clientes. Afinal, o desempenho excelente do ponto de vista do cliente decorre de processos, decisões e ações em todo o âmbito da organização. Os gerentes devem concentrar-se nessas operações internas críticas que os capacitam a satisfazer às necessidades dos clientes. A segunda parte do balanced scorecard proporciona aos gerentes a pers­pectiva interna.

Os indicadores internos do balanced scorecard devem refle­tir os processos organizacionais que exercem o maior impacto sobre a satisfação do cliente - fatores que, por exemplo, afe­tam a duração dos ciclos, a qualidade, a habilidade dos empre­gados e a produtividade. As empresas também devem empenhar­se em identificar e mensurar suas competências essenciais, as tecnologias críticas necessárias a assegurar a liderança de mer­cado contínua. Além disso, é preciso que definam os processos e competências em que serão excelentes e especifiquem os respectivos indicadores.

Os gerentes da ECI determinaram que a capacidade tecnológica submicrométrica era de importância crítica para a posição de mercado da empresa. Também decidiram que devi­am concentrar o foco na excelência da fabricação, na produtivi­dade do projeto e no lançamento de novos produtos. A empresa desenvolveu indicadores operacionais para cada uma dessas qua­tro metas internas.

Para o cumprimento das metas de duração dos ciclos, quali­dade, produtividade e custos, os gerentes precisam desenvolver indicadores influenciáveis pelas ações dos empregados. Como boa parte da ação ocorre nos níveis de departamento e de esta­ção de trabalho, também devem decompor cada um desses fato­res em tarefas locais. Assim, os indicadores conectam a avalia­ção da alta administração sobre os principais processos e com­petências internas às ações individuais que afetam os objetivos gerais da empresa. Esse vínculo assegura que os empregados si­tuados na base da organização dispõem de metas claras para as ações, decisões e atividades de melhoria que contribuirão para a missão geral da empresa.

Os sistemas de informação desempenham um papel de im­portância inestimável no desmembramento dos indicadores sin­téticos pela gerência. Quando algum sinal inesperado aparece no balanced scorecard, os gerentes dispõem de meios para analisar o sistema de informação em busca da fonte do problema. Por exem­plo, se o indicador geral referente à pontualidade na entrega se mostrar deficiente, os executivos dotados de um bom sistema de informação terão condições de analisar rapidamente o indicador agregado, até que consigam identificar as entregas em atraso, dia a dia, para cada fábrica específica e para cada cliente individual.

No entanto, se for pouco flexível, o sistema de informação talvez se transforme no calcanhar de Aquiles da mensuração do desempenho. Atualmente, a atuação dos gerentes da ECI é limi­tada pela falta desse sistema de informação operacional. A mai­or preocupação é com a demora na divulgação das informações do scorecard. Os relatórios geralmente ficam prontos uma semana depois das reuniões gerenciais rotineiras e os indicadores amplos ainda precisam ser desdobrados e relacionados com as atividades dos gerentes e empregados nos níveis mais baixos da organização. A empresa se encontra na fase de desenvolvimento de um sistema de informação mais flexível para a eliminação dessa restrição.

Outros Indicadores Referentes à Perspectiva Interna da Empresa

Determinada empresa reconheceu que o êxito do programa TOM dependia da extensão em que todos os empregados internalizavam suas mensagens e atuavam conforme a nova ori­entação. A empresa efetuava um levantamento mensal entre 600 empregados escolhidos ao acaso para verificar se estavam consci­entes do TOM, se mudaram seu comportamento por causa do pro­grama, se acreditavam que os resultados seriam favoráveis e se passaram a atuar como missionários junto a outros empregados.

A Hewlett-Packard (HP) usa um indicador chamado prazo até o pon­to de equilíbrio (breakeven time - BET), para avaliar a eficácia do ciclo de desenvolvimento de produtos. O BET mensura o tempo necessário para que todas as despesas acumuladas no ciclo de desenvolvimento dos produtos e processos (inclusive aquisição de equipamentos) sejam recuperadas pela margem de contribuição do produto (preço de venda menos custos e despesas variá­veis de fabricação, de entrega e de vendas).

Um grande fabricante de produtos de escritório, com o intuito de responder rapidamente às mudanças de mercado, resolveu re­duzir a duração dos ciclos em 50%. Os níveis mais baixos da orga­nização adotaram a meta de cortar drasticamente os prazos ne­cessários para processar os pedidos dos clientes, para pedir e re­ceber materiais dos fornecedores, para movimentar materiais e produtos entre as fábricas, para fabricar e montar produtos e para entregar os produtos aos clientes.


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