Prazer de estudar e aprender: como orientar a criança?



O estudo dos filhos é uma das maiores preocupações dos pais em relação a sua formação. Algumas famílias bus­cam meios de alfabetização precoce, outras chegam a ante­cipar a entrada da criança no ensino fundamental. A maior garantia de que a criança vai se desenvolver bem nos estu­dos está no próprio ambiente familiar.

Muitos pais acreditam que a alfabetização se inicia com a entrada no ensino fundamental. Não é verdade. Desde o nascimento, a criança começa um longo e intrincado pro­cesso que vai combinar com a leitura e a escrita. Desde ler histórias infantis, desenhar com lápis de cor e principalmente como já falamos anteriormente, oferecer à criança as condi­ções para a mesma na fase "filosófica" ou dos "porquês", desenvolver ao máximo a curiosidade intelectual que vai levá-la ao interesse e prazer de aprender. Tudo isso vai favo­recer uma correta alfabetização.

Todos os meios que se usar, para direcionar a criança ao aprendizado; é importante saber que o estudo fica em segundo lugar. Em primeiro lugar deve-se desenvolver na criança a importância de aprender.
Por isso, mais importante do que forçar um início pre­coce do processo formal de aprendizagem, é deixar sempre um vasto material de leitura e escrita à disposição da crian­ça como: lápis, papel, livros coloridos e outros materiais. O próprio exemplo dos pais também é fundamental. Se o pai e a mãe nunca são vistos lendo um livro, um jornal ou escre­vendo alguma coisa, a criança não será levada a imitá-los. É importante que desde muito cedo, os pais procurem ler em voz alta para os filhos, despertando neles cada vez mais a curiosidade intelectual.

Crianças que desenvolvem o prazer de aprender, de­senvolvem a curiosidade pelo novo, pelo desconhecido para torná-lo evidente e conhecido. Com esse interesse, adquirem o hábito e o prazer do estudo. Passam a gostar do estudo em si, pelo fato de que através do mesmo vão aprender e descobrir novos horizontes. As crianças esti­muladas desta forma jamais irão questionar seus pais com a clássica pergunta: "estudar para quê?". No máximo, vão indagar por que precisam estudar determinado assunto que não lhes agrada. Aí, os pais devem tentar projetar esse conhecimento específico na vida futura das crianças, de forma que lhe pareça útil.

Quando a criança é estimulada para estudar e não pelo prazer de aprender, ela corre o risco de perder o estímulo com facilidade. Isso pode ocorrer em qualquer dificuldade que encontra como na mudança de uma série para a outra, ou quando o estudo passa a exigir um pouco mais do aluno, como nas séries finais do ensino fundamental ou no início do ensino médio.

A aprendizagem é uma experiência que não tem limi­tes, que nunca se completa. É uma imensa sensibilidade, um permanente estado de alerta para se receber as impres­sões do mundo.

Pela aprendizagem, acrescentamos novos conhecimen­tos, novas vivências e novos hábitos as nossas estruturas anteriores. Por isso se diz que o estudo é restrito a um deter­minado ponto e o aprendizado é universal.

Muitos pais cometem erros ao dividir a aprendizagem escolar da própria vida. Devem orientar a criança para que a mesma una a aprendizagem formal, da escola, com a infor­mal, da vida, tornado-as inseparáveis.

A aprendizagem é uma vivência relacionada com to­dos os atos da existência, permitindo-nos a aquisição de novas formações de relações, promovendo e modificando a conduta, interferindo na personalidade e incentivando o aperfeiçoamento das atitudes.

É muito importante perceber a grande diferença entre o estudo e a aprendizagem. O estudo faz parte da instrução e a aprendizagem engloba a instrução, a educação e a forma­ção. Por isso se diz que só terá havido aprendizagem quando um comportamento for modificado em virtude de um novo conhecimento adquirido. Por exemplo: a mãe orienta a filha para que a mesma tenha os devidos cuidados no relaciona­mento sexual com o namorado e que use sempre o preserva­tivo. Pouco tempo depois, a filha aparece grávida. Neste caso, em relação às orientações da mãe, não houve aprendizagem. Podemos afirmar que o estudo é o conhecimento e a aprendizagem é a relação do conhecimento com a sua aplicação prática na vida.
A mudança do ambiente familiar para o escolar, nem sempre é agradável, mas tudo depende do ambiente famili­ar e que a criança não tenha se tornado um ser retraído ou complexado como vimos no início deste capítulo.

Para muitas crianças, a primeira noção de escola é em forma de ameaças como: "Quando for para a escola, vai ver o que vão fazer com você"; "eu vou te botar na escola para ao menos ficar livre durante um período".
Os pais devem fazer o contrário, dizendo que: os filhos devem ter um bom comportamento, disciplina e organiza­ção para assim poderem ir para a escola.
A partir daí surge a escola e o professor, que vai com­pletar o desenvolvimento do prazer de aprender.
Ao aprender, não o fazemos de qualquer indivíduo, mas daqueles que nos inspiram confiança e nos dão os direitos de aprender juntos.

A partir do ingresso da criança na escola, passa a valer a importância da parceria, escola e comunidade, para dar à criança um contexto de organização social, fator importante para a aprendizagem.
Em casa nesse período, é importante que seja estabele­cido um local para estudar. Um local em que não tenha tele­visão e que a criança possa colocar seus livros e materiais, e principalmente apoiar os dois braços para estudar sentada. Deve ser um ambiente bem ventilado e iluminado. Estabele­cer horários para estudar e brincar, ajuda muito.

A lição de casa tem como finalidade reforçar uma ati­vidade já explicada em sala de aula. Portanto, a criança deve estar pronta para resolver a tarefa. Se não estiver e pedir ajuda, não há nada de mal em orientá-la. Antes, é importan­te os pais terem conhecimento como as disciplinas estão sendo ensinadas em sala de aula, para que a ajuda domiciliar não se choque com o que a criança aprendeu. Carinho e compreensão são importantes nessa época em que a criança está recebendo tantas informações novas. Jamais trate a cri­ança como um incapaz, chamando-a de burra ou tentando fazer a lição por ela.
Deve ser colocada para a criança, a aprendizagem como um elemento importante para a sua vida. Assim, os pais e serão apenas os guias e parceiros nesta caminhada.

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