Inteligência e a educação



Uma vez que as inteligências se manifestam de manei­ras diferentes, em níveis de desenvolvimento diferentes, tan­to a avaliação quanto a estimulação, precisam ocorrer de maneira adequada. As crianças devem ser estimuladas des­de bebês e em todos os estágios posteriores, obedecendo cada fase e com métodos diferenciados para cada uma delas. Nos anos pré-escolares e nos iniciais elementares, a educação e a instrução devem enfatizar a oportunidade de estimulação de todas as inteligências. É durante esses anos que as crian­ças devidamente orientadas e estimuladas pelos educado­res, podem descobrir alguma coisa sobre seus interesses e capacidades peculiares.

Essas descobertas vão acontecendo de acordo com a estimulação. Quando isso ocorre, geralmente no início da infância é perceptível, pois se nota uma afinidade especi­al naquela área. A partir de então, em muitos casos, o indivíduo se dedica mais àquela área, e, valendo-se de um poderoso conjunto de inteligências adequadas, atinge uma alta capacidade naquele campo, num ritmo relativamen­te rápido.

O programa pedagógico deve prever o mais próximo possível, o entendimento do perfil das inteligências de cada aluno. Esse cuidadoso procedimento de avaliação permite escolhas adequadas de carreiras e passatempos. Ele também permite uma busca mais esclarecida de alternativas para as dificuldades. A avaliação das deficiências pode predizer di­ficuldades que a criança terá; além disso, pode sugerir for­mas alternativas para um objetivo educacional.

A avaliação, então torna-se um aspecto central do sis­tema educacional, e deve incluir a capacidade do indivíduo de resolver problemas ou criar produtos, utilizando os ma­teriais do meio intelectual. No entanto, é igualmente impor­tante determinar qual inteligência é favorecida quando o indivíduo pode escolher. Uma técnica, para chegar a essa inclinação, é expor a pessoa a uma situação suficientemente complexa, capaz de estimular várias inteligências, ou ofere­cer um conjunto de materiais de diferentes inteligências e verificar qual deles o indivíduo escolhe e a profundidade como o explora.

O objetivo da educação deve ser, o de aumentar a pro­babilidade de que as crianças descubram um papel profissi­onal ou ocupacional, que combine com o seu próprio perfil de inteligências. Se a educação centrada no indivíduo fosse desenvolvi­da para que a criança encontrasse a sua área principal de atuação, faria com que ela se sentisse bem consigo mesma e teria uma probabilidade maior de se tornar um membro po­sitivo de sua comunidade. Quando existe apenas um padrão de competência, é virtualmente inevitável que muitos educandos se sintam incompetentes; e isso é particularmente verdadeiro, quando esse padrão favorece uma estreita faixa de inteligências. Ao abranger claramente uma gama mais ampla de estados finais, e ao tentar combinar os perfis inte­lectuais com as oportunidades educacionais, a educação centrada no indivíduo, aumenta a probabilidade de que o mesmo realize ao máximo seu potencial intelectual.

Qualquer reforma educacional está condenada ao fra­casso, se não considerar as propriedades e os potenciais de cada aluno. A partir daí, adaptar os currículos escolares, tanto quanto possível, aos estilos de aprendizagem e forças espe­cíficas de cada aluno. Para isso deve haver uma melhor qua­lificação dos professores e por último, é fundamental a par­ticipação da comunidade.

No momento, com mais ou menos intensidade, todos os educadores reconhecem o fracasso do modelo de educa­ção em série, com algo pré-estabelecido, em que todos os alunos seguem o mesmo currículo, da mesma maneira, como se fossem todos iguais. É melhor ensinar pouca coisa e que seja muito bem aplicada, do que ensinar muito, e pouco ser aplicado.

Em todo o percurso da educação, tanto familiar como escolar, o principal ponto é desenvolver positivamente, e ter muito cuidado para não prejudicar, as inteligências emocio­nais constituídas principalmente pela intrapessoal e interpessoal, que levarão o indivíduo ao êxito não só em competições e avaliações escolares, mas no campo dos de­safios que a vida lhe apresentará quando adulto.
As aptidões emocionais são a base para a aprendiza­gem, entendida em seu próprio sentido e também na reali­dade escolar. A avaliação dos padrões emocionais e sociais sempre será um forte indicador do sucesso escolar.

Sentir-se seguro de si, saber interessar-se, associar-se com espontaneidade aos companheiros, saber o tipo de com­portamento que se espera, dominar os impulsos do compor­tamento socialmente negativo, seguir normas coerentes, pro­curar ajuda sempre que necessário, expressar sem receio as opiniões, necessidades e dificuldades, tudo isso, pode faci­litar, se bem desenvolvido, ou prejudicar a aprendizagem de uma cnança.
Além de todas as demais características que são de suma importância na educação familiar e escolar, temos al­gumas que são indispensáveis, pois seu valor é imenso: a confiança, que envolve o senso do controle e domínio do próprio corpo, do comportamento e do mundo; o senso de que tem mais probabilidades de vencer do que de fracassar naquilo que empreende; o senso de que os pais e professo­res são confiáveis e poderão ajudar; a curiosidade, que é o senso de que descobrir coisas é positivo e dá prazer; a intencionalidade, que é o senso de competência e eficiência e que implica na capacidade persistente de buscar seus ob­jetivos; o autocontrole, que dentro dos padrões da idade, ter condições de adiar satisfações e controlar as próprias ações; o relacionamento, que é a capacidade de fazer amigos, acei­tar parcerias, entender os outros, se fazer entender e ser acei­to, ter abertura nos contatos com os outros, buscar a comu­nicação, segurança ao expressar idéias e sentimentos sem inibições; a cooperação, que permite a parceria e a entrada no jogo social de maneira pessoal e produtiva, assim as necessidades pessoais em muitos casos são adequadas em fun­ção de objetivos que são de todos.

Portanto, já passou o tempo em que a educação visava apenas a introdução e o desenvolvimento de áreas limita­das. Devemos partir para o todo no sentido global e assim dar ao educando as suas reais possibilidades de realização e sucesso.

Além disto, essas crianças também são melhores no lidar com as próprias emoções, mais eficientes para aliviar­se quando perturbadas e se perturbam com mínima freqüên­cia. São também mais relaxadas fisicamente, com baixos níveis de hormônios de tensão e outros indicadores fisioló­gicos de alteração emocional.

Enfim, as crianças que além das suas inteligências racionais, tiverem bem desenvolvida toda aestrutura das inteligências emocionais, estarão melhores preparadas para a vida.



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