A figura da mãe na vida da criança

Na vida intra-uterina, a criança tem total ligação com a mãe, tanto no campo físico quanto no psíquico. Fisicamente o bebê recebe da mãe tudo que precisa.

A importância da mãe sempre foi e é ressaltada em po­emas e cantos. Eis como a descreve Dom Ramom Jara, Bispo de Serena-Chile: "Uma simples mulher existe que, pela imensidão do seu amor, tem um pouco de Deus. Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo. Que sendo moça, pensa como uma anciã e sendo velha age com as forças todas da juven­tude.

Quando ignorante, melhor que qualquer sábio, desven­da os segredos da vida. Quando sábia, assume a simplicida­de das crianças. Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama. Rica, empobrece-se para que seu coração não sangre, ferido pelos filhos ingratos. Forte, entretanto, estre­mece ao choro de uma criança. Fraca, entretanto, se eleva com a bravura dos leões. Viva, não lhe sabemos dar o devido valor, porque a sua sombra todas as dores se apagam. Morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.

Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas esse álbum: porque eu a vi passar no meu caminho. Quando crescerem seus fi­lhos, leiam para eles esta página: eles lhe cobrirão de beijos a fronte e dirão que um pobre viandante, em troca da suntu­osa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria mãe". As mães, além da sua natureza devem assumir uma posição de formadoras nos filhos, de uma personalidade sadia.

Quando falamos sobre a figura da mãe, é para ressaltar o quanto ela representa para o desenvolvimento dos filhos. Por isso, ela deve ser carinhosa e dedicada, sem ser superprotetora; ser solícita para ensinar, mas não fazer tudo para os filhos à medida que eles forem crescendo; mostrar­lhes o caminho correto a seguir, mas não ser pessimista, co­locando as possibilidades das piores tragédias; procurar sem­pre transparecer alegria e bom humor, sabendo que o mau humor não resolve nada e só provoca um clima desagradá­vel; enfim, a mãe deve ser como uma luz que mostra o cami­nho correto a seguir.

Na maioria dos casos de pessoas que alcançaram su­cesso na vida, tiveram ao seu lado mães otimistas, confian­tes e que incentivaram o crescimento e a caminhada dos filhos. Ao contrário, as pessoas com dificuldades na vida e que não conseguem confiar em si mesmas e no sucesso, ti­veram mães pessimistas, que passavam a maioria do tempo, lamentando e até maldizendo a vida e o viver.

Muitas mulheres nos perguntam: Como fica o caso de mães solteiras e separadas?
Sabemos que, da mesma forma como outros filhos, es­tes têm as mesmas possibilidades para se tornarem adultos bem-sucedidos afetiva e profissionalmente. Tudo depende da forma como a mãe os educa e os conduz para a vida. A mãe solteira não pode assumir uma posição de impotência para desempenhar seu papel como mãe. Deve perceber que tudo o que foi tratado na presente obra, ela pode desenvolver com os seus filhos. Também deve ficar atenta para não tentar com­pensar a falta do pai na vida do filho. Dar a eles somente o que diz respeito a ela, e além disso, dizer aos filhos somente a verdade e de maneira alguma falar mal do pai. A mãe deve assumir o seu papel com amor, alegria, demonstrando a satisfação de ser mãe e educadora. Há uma adaptação e uma sincronia perfeita entre o seus or­ganismos. Com o nascimento, esse equilíbrio natural se rom­pe, mas permanece uma ligação de dependência com a mãe. Ela é o principal meio de contato com o mundo que o cerca e a principal facilitadora de sua adaptação a nova situação. Assim, a mãe se torna o ponto de ligação da criança com o mundo. Sabendo fazer bom uso desta situação, poderá se tornar a principal ligação do filho com a vida.

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