Como instruir, educar e formar a criança



O ser humano por natureza é perfeito, mas não é com­pleto. A complementação vem através da instrução, da edu­cação e da formação.
Muitas pessoas fazem referência à instrução e à educa­ção como se fossem a mesma coisa. Na antiga Grécia, o grande filósofo Sócrates já definia a diferença entre as duas, colo­cando da seguinte forma: a instrução é desenvolvida através dos conhecimentos e das informações que são passadas ao indivíduo; a educação se desenvolve quando orientamos o indivíduo a desenvolver suas características e habilidades próprias, ou seja a instrução é de fora para dentro e a educa­ção é de dentro para fora. A formação é o acompanhamento para que as duas se completem como resultado positivo na vida do indivíduo.

A instrução pode ser generalizada, atingindo a todos de uma única forma. A educação deve ser individualizada, para atingir as necessidades de cada pessoa. Daí se concluí que a instrução pode ser em série, mas a educação não.

Na educação temos que descobrir as qualidades e as necessidades de cada um, e estar atentos aos seus processos de crescimento e desenvolvimento. Cada pessoa é diferente da outra, por isso a educação deve ser individual.

A grandeza da personalidade humana começa com a sua individualidade, por isso a educação deve ser enten­dida como um auxílio ao desenvolvimento das caracterís­ticas inatas no ser humano. Cada pessoa é dotada de uma natureza psíquica pessoal, e isto nos indica o caminho para a educação.
A educação abrange o desenvolvimento das habilida­des e dos valores de cada indivíduo. Através da mesma, o educando precisa conhecer a sua própria realidade e ser ca­paz de lidar com ela. Definimos assim, que a educação não é aquilo que se transmite pois isso é instrução, mas sim o processo natural que se desenvolve espontaneamente ou atra­vés da orientação do indivíduo. Portanto, o objetivo da edu­cação deve ser o aperfeiçoamento do caráter e o desenvolvi­mento de uma personalidade equilibrada no educando.

A educação deve iniciar pela preparação dos pais muito antes de terem um filho, pois a mesma deve assumir a vida como um todo. A educação não deve mais estar limita­da a um programa preestabelecido, mas sim sobre o conhe­cimento da pessoa humana. O desenvolvimento da educa­ção deve ser de conhecimento e aplicação em todas as áreas em que a criança passa, no caminho da sua formação e que além da família, a escola possa, além da instrução, prover os meios necessários para educá-la. Não estamos colocando que a instrução não seja importante, mas apenas que a educação deve ser vista como prioridade, pois uma pessoa bem educada, mesmo com pouca instrução, poderá ser realizada e feliz. Enquanto que uma pessoa muito instruída, mas sem uma boa educação, não tem possibilidades de realizações e felicidades.

Quando toda a sociedade assumir, com consciência, a responsabilidade pela educação, os resultados trarão bene­fícios para esta mesma sociedade. Todos os estudiosos do assunto chegaram a uma única conclusão: todo indivíduo que for devidamente dirigido e assistido trará bons resulta­dos para o progresso social, pois está destinado a crescer mais forte, com maior equilíbrio mental e com uma perso­nalidade mais capacitada.
Devemos entender que a criança é construtora do adul­to, pois não existe um só adulto que não tenha sido forma­do pela criança que foi um dia.

Os verdadeiros educadores entendem que não são eles os construtores, mas tão somente os colaboradores e desta forma cumprem melhor o seu papel no auxílio ao desenvol­vimento do educando. Somente se este auxílio for dado de modo conveniente, é que a criança fará uma boa construção de si mesma.
Esta é a educação entendida como auxílio à vida. Uma educação em que todos estão envolvidos e unânimes em res­peitar e auxiliar nesta delicada construção. Esta é a esperan­ça da humanidade e quando todos entenderem assim não haverá mais reconstrução, mas ajuda à construção, entendi­da como desenvolvimento de todas as potencialidades de que a criança é dotada.

O processo educacional se inicia antes mesmo da cri­ança ser gerada. A educação, a instrução e a formação dos pais vão influenciar na vida do filho que ainda vai ser con­cebido.
Pelas experiências colhidas através da regressão de idade, sabe-se que a vida intra-uterina vai determinar muitas alterações positivas ou negativas na personaliade da pessoa nascitura. Embora de forma inconsci­ente, desde o momento da concepção, a criança já gra­va o que se passa no ambiente externo e participa da viida da mãe e do pai, de seus bons momentos e de seus conflitos.

A formação abrange a aquisição de conhecimentos, de hábitos e costumes, que fazem parte da instrução e do desenvolvimento da capacitação, da valorização e da potencialização, que formam o conjunto da educação. Mui­tos alunos não têm dedicação aos estudos por uma falha na educação, em que não foi desenvolvida a curiosidade intelectual no período adequado, como veremos em parte posterior.
Para você entender melhor a definição da instrução e da educação na formação do indivíduo, citaremos o seguin­te exemplo: um jovem concluiu na Universidade o Curso de Direito, mas não se sentia capaz de atuar na área devido a sua timidez e inibição.

Neste caso ele não estava formado em Direito, mas apenas instruído na profissão. Faltou a edu­cação que iria desenvolver nele suas habilidades psicológi­cas para se sentir capaz de atuar e ter sucesso. Encher a pes­soa de conteúdo sem torná-la capaz de aplicar, é mera ins­trução.
Se quisermos dar nossa efetiva contribuição na forma­ção, devemos passar o máximo de informações e conhecimentos, e colaborar com a construção no educando, de uma identidade sadia e valorizada.

Frente ao desafio da construção de uma sociedade hu­mana e plena, requer-se do pai, da mãe, do professor e de todos os cidadãos, uma identidade de educador bem defini­da, que valorize a singularidade do eu e assuma a liderança com responsabilidade, constituindo-se no amigo que coo­pera e impulsiona, valorizando a comunicação e o relacio­namento, contribuindo para o crescimento integral de sujei­tos que buscam construir uma personalidade autônoma, di­nâmica e consistente, formando cidadãos competentes, res­ponsáveis, autônomos e prontos para desenvolver a sua vida para o sucesso e a felicidade.

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