Educação sexual: como fazer a orientação sexual dos filhos?



Errata:

Peço desculpas aos leitores, pois o Ocioso acabou se enganando na divulgação desta postagem. Fizeram a divulgação de um link cuja a postagem é outra.

Você poderá ler a postagem correspondente aquela divulgada no Ocioso, clicando neste link.

Atualmente, os educadores devem dar muita impor­tância a respeito da educação sexual, da orientação sobre órgãos e funções sexuais e da compreensão da finalidade destas funções. É uma parte da educação como todas as demais e me­rece a mesma atenção.

Uma criança deve ter a oportunidade de aprender a respeito de uma das experiências fundamentais da vida. Es­tes conhecimentos devem iniciar em casa e através dos pró­prios pais, que, afinal, são as pessoas mais indica das para essa orientação. Infelizmente, muitos pais, ou não estão bem informados de como orientar os filhos, ou são cheios de ta­bus pela forma inadequada como eles próprios aprenderam. A maioria dos pais que tem a pretensão de orientar os filhos, normalmente se questionam da época adequada para iniciar a orientação e como fazê-la.

Em relação ao quando, podemos dizer que o momento é aquele no qual a criança mostra alguma curiosidade a res­peito da sua origem ou da origem da criança. Aproximada­mente entre dois e quatro anos de idade, a criança normal­mente faz algumas indagações como: as diferenças entre os sexos, como menino e menina e sobre a origem dos bebês; em seguida as indagações são em relação ao nascimento. Quando tudo isso for orientado com segurança e tranqüili­dade, outras perguntas surgirão, assim estará se caracteri­zando um diálogo a respeito do assunto.

Pelas respostas claras, objetivas e de acordo com a ne­cessidade da criança, os pais estarão proporcionando a ela, as orientações iniciais e a eles próprios a possibilidade de manterem esse diálogo em crescente desenvolvimento. Para isso, os pais devem estar livres de todos os preconceitos, tabus e demais fatores negativos que possam atrapalhar. Ao mesmo tempo, devem procurar algum conhecimento básico de reprodução como funções feminina e masculina, desen­volvimento do bebê e nascimento.

Os pais devem dar as informações sobre sexo aos fi­lhos da mesma forma como transmitem noções de higiene, hábitos alimentares, conduta social e assim como todos os outros. Não devem fazer da educação sexual um processo formal e diferenciado. Deve ser de uma forma descontraída e sem qualquer cerimônia. Os pais devem sempre levar em conta o ambiente em que a criança vive, pois muitas vezes tentam uma abordagem da qual a criança não tem conheci­mento. O exemplo mais típico é aquele em que usam como parábola, a história da sementinha, quando uma criança da cidade pode não ter qualquer conhecimento da germinação da semente.

É importante os pais estarem muito atentos, pois mui­tas vezes a criança manifesta interesse ou curiosidade sem demonstrá-las por palavras, mas por observação como: ficar olhando para outra criança do sexo oposto, para a barriga da mãe ou de outra mulher grávida, e outras demonstrações de curiosidade que devem ser atentamente observadas.

Na orientação, os pais não devem se perder em expli­cações pormenorizadas, mas fazê-lo de forma objetiva, clara e sincera e jamais mentir ou enganar a criança a respeito do assunto. Muitos pais temem que os filhos se choquem com as informações sobre sexo, mas sabemos que quando é feita de forma adequada, isso não acontece. Primeiro, porque a men­talidade das crianças, ainda não foi deformada pelo meio. Para elas, seus órgãos sexuais são tão normais e inocentes, quanto os demais órgãos de seu corpo. Segundo, por que a verdade é o que deve prevalecer na vida de todo ser humano e isso inicia pela criança.

A deformação e a malícia não existem na natureza da criança, mas lhe são passadas pelo comportamento inadequado dos adultos. Muitas mães ou babás ao dar banho na crian­ça, passam a mão com naturalidade em todo o corpo dela e demonstram diferença ao tocar nos órgãos sexuais da mesma. Também quando a criança começa a descobrir seu corpo, e ao tocar seus órgãos genitais é comum ouvir de alguém algumas colocações como as seguintes: "tire a mão daí, que é feio", "não ponha a mão aí, que é pecado", etc. Entretanto, ninguém a repreende quando ela toca em outra parte do corpo. Neste momento, a criança começa a perceber que existe alguma di­ferença e aí a sua curiosidade é despertada.

Esta conversa tranqüila e sincera deve acompanhar a relação dos pais na infância, na pré-adolescência e até na adolescência. Isso faz com que o pré-adolescente e o adoles­cente depositem nos pais confiança e ocorra entre ambos um companheirismo. É nesta fase da pré-adolescência que os pais devem es­tar preparados para falar, e principalmente dialogar com os filhos sobre: ovulação, menstruação, produção de esperma, relações sexuais, doenças sexualmente transmissíveis e gra­videz, fazendo com que os jovens se sintam seguros na sua caminhada, no seu amadurecimento e preparo para a vida.

Um papel importante na orientação sexual é desenvol­vido pela escola, pois muitas vezes os pais têm limitações intelectuais ou de imaturidade para tratar do assunto. Na escola, o grupo de iguais serve como apoio e muitas dúvidas são esclarecidas, pois com a orientação do professor e com o debate do grupo, se esclarecem todas as dúvidas. O profes­sor que orienta sobre sexo deve estar totalmente livre de qualquer preconceito ou tabu e deve evitar todo tipo de vul­garidade. Tratar do assunto com naturalidade e assim con­quistar a confiança dos alunos, e exercer seu papel da me­lhor maneira possível.

Todo educador deve ter em mente que além de pais e professores existe um importante meio de informação que desperta curiosidade na criança, e que para o adolescente, além de curiosidade, pode ser motivo de incentivo e até mesmo de exitação, que é a televisão. Principalmente os pais devem estar atentos ao que a criança assiste.

As informações oferecidas aos jovens não devem se resumir aos conceitos de anatomia, reprodução, masturbação, mas a todas as conseqüências do ato sexual, que não se resume apenas na gravidez ou doenças sexual­mente transmissíveis, mas há também o perigo de se vulga­rizar com troca excessiva de parceiros e relacionamentos desprovidos de qualquer relação afetiva. Os filhos assim educados, terão menos interesse pelos livros e revistas pornográficas, pois encaram essas questões de maneira natural e não de forma obscena.

Finalmente, os educadores devem ter consciência de que sexo não é apenas uma questão de onde vêm os bebês. Eles devem também transmitir ao educando, sobretudo an­tes da adolescência, algumas noções da existência dos im­pulsos sexuais, do prazer da experiência sexual, as diferen­ças na relação sexual do homem e da mulher, e do papel do sexo nas relações profundas e duradouras entre um homem e uma mulher. Estes fatores são os que determinarão o seu comportamento normal e saudável relacionado ao sexo, bem como nas outras áreas do comportamento, com o mínimo possível de neuroses.

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