Enfim, sós. Marido e mulher já puseram o filho na cama e, torcendo para que fique bem quietinho, se dirigem ao quarto. Então ... a criança se põe a berrar. E não pára. Depois de um dia daqueles, o jeito é ceder aos apelos do pequeno chorão e levá-lo para o quarto do casal. Já viu esse filme? Pois saiba que uma infinidade de pais vive o dilema entre sucumbir ou resistir. A pergunta que fica martelando a cabeça é: até quando vai durar? A resposta pode estar em um estudo da Universidade do Hospital Infantil de Zurique, na Suíça. Os pesquisadores avaliaram 500 crianças e constataram que aquelas que dormem com os pais quando ainda têm seus 6 meses de idade não levam obrigatoriamente o costume adiante. Já os que conservam o hábito até um pouco mais tarde tendem a desenvolver certa mania pela cama de casal.
Os especialistas são unânimes em achar que lugar de criança dormir é no quarto dela - diga-se, para eles, desde a mais tenra idade. No caso do bebê, pela simples razão de que ele corre risco de danos fisicos. "Durante a noite, os pais podem jogá-lo fora da cama ou mesmo rolar por cima dele e sufocá-lo", alerta o pediatra Gustavo Antonio Moreira, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O que está em jogo pra valer, porém, é o equilíbrio emocional. "A criança tem que desenvolver desde cedo a capacidade de ficar sozinha e enfrentar os próprios medos", afirma a psicóloga Célia Horta, de São Paulo. O pediatra Gustavo Moreira completa: "Do contrário, poderão surgir conflitos nas situações de separação mais corriqueiras, como uma viagem ou na hora de ir para a escola."
Limite. Essa palavrinha pode até parecer um tanto desgastada, mas se refere a um conceito que não perdeu a importância. "Os adultos têm que mostrar à criança que as coisas não são como ela quer", ensina a pedagoga Helô Reuter, proprietária e coordenadora pedagógica da Escola Aldeia, em São Paulo. O problema é tão comum que ela até distribuiu um texto para ajudar os pais de seus alunos a superarem essa fase. "Eles precisam se dar conta de que seus atos influem nos hábitos de sono dos filhos", lembra a enfermeira-obstetra Márcia Regina da Silva, responsável pelas aulas sobre o assunto para as gestantes que darão à luz na Maternidade São Luiz, em São Paulo. "O comportamento da criança pode evidenciar problemas na dinâmica familiar, como a superproteção", acrescenta Célia Horta.
PARA TODA REGRA ...
O.k., ficou claro que ceder à manha infantil não é uma boa. Mas também não se deve ser inflexível. "Quando o bebê tem menos de 6 meses e ainda mama durante a noite, pode ficar no mesmo quarto, mas em outra cama", opina Gustavo Antonio Moreira. "Em situações especiais, como quando está doente, também", acredita Fernanda Gouveia, que coordena o serviço de psicologia da Maternidade São Luiz, em São Paulo. Mas lembre-se: exceção é exceção.
Muitas vezes os pais adiam tomar uma atitude para tirar o filho do quarto porque, sem pensar, estão usando a criança como barreira para o diálogo entre eles. E é aí que mora o perigo. "Quando a criança deixa de pular na cama de casal, aqueles problemas que já existiam e que não foram discutidos ganham força e se tornam mais evidentes", observa a psicóloga Sueli Rossini, do Grupo de Pesquisa Avançada de Medicina do Sono do Hospital das Clínicas de São Paulo.
LICÕES DE BOA NOITE
- Adote os truques ensinados pelos especialistas para seu filho dormir como um anjo (na própria cama, bem entendido)
- Aproveite o começo da noite, horário em que ele está com mais sono, para colocá-Io na cama.
- Não espere que durma no colo ou na sua cama para depois levá-lo para o berço.
- Crie rituais na hora de dormir. Vale tomar água, leite morno ou mesmo pôr para tocar uma música suave à meia-luz.
- "Coloque-o em uma banheira com água morna e faça movimentos suaves de vai-e-vem com o corpo", ensina Márcia Regina da Silva.
- Conte uma história.
- Deixe que um bichinho de pelúcia vá para a cama com ele.
- "É importante que faça isso apenas com um para que ele o identifique como o seu companheiro na hora de dormir", dá a dica Gustavo Antonio Moreira .
- Se ele não pegar no sono de cara, apareça no quarto de vez em quando. Isso dá segurança, porque aí ele percebe que, embora tenha o seu canto, não está sozinho.
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Os especialistas são unânimes em achar que lugar de criança dormir é no quarto dela - diga-se, para eles, desde a mais tenra idade. No caso do bebê, pela simples razão de que ele corre risco de danos fisicos. "Durante a noite, os pais podem jogá-lo fora da cama ou mesmo rolar por cima dele e sufocá-lo", alerta o pediatra Gustavo Antonio Moreira, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O que está em jogo pra valer, porém, é o equilíbrio emocional. "A criança tem que desenvolver desde cedo a capacidade de ficar sozinha e enfrentar os próprios medos", afirma a psicóloga Célia Horta, de São Paulo. O pediatra Gustavo Moreira completa: "Do contrário, poderão surgir conflitos nas situações de separação mais corriqueiras, como uma viagem ou na hora de ir para a escola."
Limite. Essa palavrinha pode até parecer um tanto desgastada, mas se refere a um conceito que não perdeu a importância. "Os adultos têm que mostrar à criança que as coisas não são como ela quer", ensina a pedagoga Helô Reuter, proprietária e coordenadora pedagógica da Escola Aldeia, em São Paulo. O problema é tão comum que ela até distribuiu um texto para ajudar os pais de seus alunos a superarem essa fase. "Eles precisam se dar conta de que seus atos influem nos hábitos de sono dos filhos", lembra a enfermeira-obstetra Márcia Regina da Silva, responsável pelas aulas sobre o assunto para as gestantes que darão à luz na Maternidade São Luiz, em São Paulo. "O comportamento da criança pode evidenciar problemas na dinâmica familiar, como a superproteção", acrescenta Célia Horta.
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O.k., ficou claro que ceder à manha infantil não é uma boa. Mas também não se deve ser inflexível. "Quando o bebê tem menos de 6 meses e ainda mama durante a noite, pode ficar no mesmo quarto, mas em outra cama", opina Gustavo Antonio Moreira. "Em situações especiais, como quando está doente, também", acredita Fernanda Gouveia, que coordena o serviço de psicologia da Maternidade São Luiz, em São Paulo. Mas lembre-se: exceção é exceção.
Muitas vezes os pais adiam tomar uma atitude para tirar o filho do quarto porque, sem pensar, estão usando a criança como barreira para o diálogo entre eles. E é aí que mora o perigo. "Quando a criança deixa de pular na cama de casal, aqueles problemas que já existiam e que não foram discutidos ganham força e se tornam mais evidentes", observa a psicóloga Sueli Rossini, do Grupo de Pesquisa Avançada de Medicina do Sono do Hospital das Clínicas de São Paulo.
LICÕES DE BOA NOITE
- Adote os truques ensinados pelos especialistas para seu filho dormir como um anjo (na própria cama, bem entendido)
- Aproveite o começo da noite, horário em que ele está com mais sono, para colocá-Io na cama.
- Não espere que durma no colo ou na sua cama para depois levá-lo para o berço.
- Crie rituais na hora de dormir. Vale tomar água, leite morno ou mesmo pôr para tocar uma música suave à meia-luz.
- "Coloque-o em uma banheira com água morna e faça movimentos suaves de vai-e-vem com o corpo", ensina Márcia Regina da Silva.
- Conte uma história.
- Deixe que um bichinho de pelúcia vá para a cama com ele.
- "É importante que faça isso apenas com um para que ele o identifique como o seu companheiro na hora de dormir", dá a dica Gustavo Antonio Moreira .
- Se ele não pegar no sono de cara, apareça no quarto de vez em quando. Isso dá segurança, porque aí ele percebe que, embora tenha o seu canto, não está sozinho.
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