Desde que a doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez, infelizmente ainda há lacunas na compreensão científica da degeneração progressiva do cérebro, que leva à perda de memória e, nos casos mais graves, à demência. Agora, porém, um trabalho abre um novo rumo para as pesquisas sobre o mal. Uma equipe da Escola Médica Brown, em Rhode Island, nos Estados Unidos, revelou que, assim como o pâncreas, o cérebro produz insulina. Só que, na massa cinzenta, a frnalidade dessa quota do hormônio é manter os neurônios vivos e em bom funcionamento.
Os pesquisadores também analisaram tecidos cerebrais de pacientes que morreram com Alzheimer. Constataram, então, que, comparado com os cérebros saudáveis, o das vítimas dessa doença apresentava níveis mais baixos de insulina. Daí, a suspeita de que problemas na produção do hormônio ou a resistência à sua ação no cérebro poderiam ser a causa da degeneração. Seria essa a famosa luz no fim do túnel?
Ainda é cedo para conclusões. No entanto, o estudo dá o que pensar. Os pesquisadores batizaram o recém-descoberto distúrbio de diabete tipo 3 porque ele guarda semelhanças com os tipos conhecidos de diabete - tipo 1, em que não há produção de insulina, e o tipo 2, quando a fabricação do hormônio é limitada ou defeituosa. Em entrevista, Suzanne de La Monte, que dirigiu a pesquisa, enfatizou: "A resistência à insulina e mesmo a deficiência do hormônio nos pacientes dos tipos conhecidos de diabete são problemas que, atenção, até onde se sabe, não afetam o cérebro". Em outras palavras, o diabético não corre o risco de vir a sofrer de Alzheimer por culpa do seu problema hormonal.
O médico Paulo Formighieri, coordenador da Associação Brasileira de Alzheimer, em Ribeirão Preto, considera perigosa a nomenclatura diabete tipo 3. "Ela pode criar uma falsa idéia de que os diabéticos desenvolveriam o mal de Alzheimer, enquanto os não diabéticos estariam livres dele", justifica.
O neurologista Cícero Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), segue uma outra linha de raciocínio. Para ele, o déficit da insulina cerebral seria conseqüência e não causa do nial. "Um cérebro doente reduz a produção normal de diversas substâncias", explica. Enquanto a notícia repercute por aqui, Suzanne de La Monte anuncia o próximo passo do seu polêmico achado científico. "Precisamos descobrir se as substâncias utilizadas hoje no tratamento do diabete tipo 2 podem ser usadas com sucesso no cérebro e se é possível detectar o distúrbio em seu estágio inicial para começar o tratamento antes que os danos se manifestem." Será o próximo passo.
O QUE É FATO?
- Os neurônios cerebrais produzem insulina moléculas iguais às produzidas no pâncreas.
- A insulina cerebral é, entre outras coisas, responsável por transformar a glicose na energia necessária para o funcionamento dos neurônios.
-O cérebro de pacientes com Alzheimer apresenta índices menores de insulina do que o normal ou resistência à insulina, distúrbio que foi batizado por cientistas americanos de diabete tipo 3.
- A produção de insulina no cérebro não depende da produção desse hormônio no pâncreas. Assim, o distúrbio cerebral não está relacionado aos tipos conhecidos de diabete.
CAMINHOS A SEGUIR
- Descobrir se a terapia usada no diabete tipo 2, como tomar remédios conhecidos como antidiabéticos orais, agiriam no cérebro com sucesso.
- Desenvolver novos medicamentos específicos para evitar a degeneração da massa cinzenta provocada pelo tal diabete tipo 3.
- Desenvolver um exame capaz de detectar precocemente esse distúrbio para iniciar o tratamento antes de qualquer seqüela na massa cinzenta.
O QUE É HIPÓTESE?
- Índices reduzidos de insulina ou resistência à insulina no cérebro levariam à degeneração nervosa ou à demência .
- O novo diabete tipo 3 seria o evento causador do mal de Alzheimer.
Os pesquisadores também analisaram tecidos cerebrais de pacientes que morreram com Alzheimer. Constataram, então, que, comparado com os cérebros saudáveis, o das vítimas dessa doença apresentava níveis mais baixos de insulina. Daí, a suspeita de que problemas na produção do hormônio ou a resistência à sua ação no cérebro poderiam ser a causa da degeneração. Seria essa a famosa luz no fim do túnel?
Ainda é cedo para conclusões. No entanto, o estudo dá o que pensar. Os pesquisadores batizaram o recém-descoberto distúrbio de diabete tipo 3 porque ele guarda semelhanças com os tipos conhecidos de diabete - tipo 1, em que não há produção de insulina, e o tipo 2, quando a fabricação do hormônio é limitada ou defeituosa. Em entrevista, Suzanne de La Monte, que dirigiu a pesquisa, enfatizou: "A resistência à insulina e mesmo a deficiência do hormônio nos pacientes dos tipos conhecidos de diabete são problemas que, atenção, até onde se sabe, não afetam o cérebro". Em outras palavras, o diabético não corre o risco de vir a sofrer de Alzheimer por culpa do seu problema hormonal.
O médico Paulo Formighieri, coordenador da Associação Brasileira de Alzheimer, em Ribeirão Preto, considera perigosa a nomenclatura diabete tipo 3. "Ela pode criar uma falsa idéia de que os diabéticos desenvolveriam o mal de Alzheimer, enquanto os não diabéticos estariam livres dele", justifica.
O neurologista Cícero Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), segue uma outra linha de raciocínio. Para ele, o déficit da insulina cerebral seria conseqüência e não causa do nial. "Um cérebro doente reduz a produção normal de diversas substâncias", explica. Enquanto a notícia repercute por aqui, Suzanne de La Monte anuncia o próximo passo do seu polêmico achado científico. "Precisamos descobrir se as substâncias utilizadas hoje no tratamento do diabete tipo 2 podem ser usadas com sucesso no cérebro e se é possível detectar o distúrbio em seu estágio inicial para começar o tratamento antes que os danos se manifestem." Será o próximo passo.
O QUE É FATO?
- Os neurônios cerebrais produzem insulina moléculas iguais às produzidas no pâncreas.
- A insulina cerebral é, entre outras coisas, responsável por transformar a glicose na energia necessária para o funcionamento dos neurônios.
-O cérebro de pacientes com Alzheimer apresenta índices menores de insulina do que o normal ou resistência à insulina, distúrbio que foi batizado por cientistas americanos de diabete tipo 3.
- A produção de insulina no cérebro não depende da produção desse hormônio no pâncreas. Assim, o distúrbio cerebral não está relacionado aos tipos conhecidos de diabete.
CAMINHOS A SEGUIR
- Descobrir se a terapia usada no diabete tipo 2, como tomar remédios conhecidos como antidiabéticos orais, agiriam no cérebro com sucesso.
- Desenvolver novos medicamentos específicos para evitar a degeneração da massa cinzenta provocada pelo tal diabete tipo 3.
- Desenvolver um exame capaz de detectar precocemente esse distúrbio para iniciar o tratamento antes de qualquer seqüela na massa cinzenta.
O QUE É HIPÓTESE?
- Índices reduzidos de insulina ou resistência à insulina no cérebro levariam à degeneração nervosa ou à demência .
- O novo diabete tipo 3 seria o evento causador do mal de Alzheimer.
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