Será que seu filho está crescendo direito?



Saiu um novo critério para estabelecer valores ideais de altura e peso - a prova dos nove para o pediatra saber se o desenvolvimento da criança está dentro do esperado.
Pais e mães, sobretudo os de pri­meira viagem, vivem com a per­gunta que na cabeça. Cabe ao pediatra esclarecer a dúvida com base em uma tabela que mostra a chamada curva de crescimento - um referencial que va­lia até os 18 anos de idade. Após uma dé­cada de estudos da OMS, a tendência é sair de cena o padrão antigo para dar lu­gar a um modelo que analisa o desenvol­vimento de pequenos só até os 5 anos.

A grande mudança é que pela primeira vez o aleitamento matemo é apontado co­mo fator decisivo para avaliar o quanto a criança cresce. "A curva anterior não leva­va em conta o tipo de alimentação nos pri­meiros anos de vida", explica o professor Cláudio Leone, pediatra do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. "Com o avanço das pesquisas, descobriu­-se que a criança amamentada exclusiva­mente no peito até os 4, 6 meses, que pas­sa a ingerir outros alimentos a partir daí, mas não abandona o leite matemo antes de completar 2 anos, tem o crescimento desacelerado entre os 4 e os 18 meses de vida", exemplifica. "Isso é esperado e não deve ser motivo de preocupação, porque depois ela cresce pra valer."

Eis o pulo-do-gato do novo padrão. Isso porque, ao observarem que os filhos passa­vam a crescer menos por volta do quarto mês de vida, os pais concluíam que o alei­tamento matemo era insuficiente e ofere­ciam o leite de vaca como complemento.

"Uma complementação desnecessária e que, além do mais, é capaz de levar à obe­sidade no futuro", opina Leone. Agora o pediatra pode sossegar os mais aflitos com uma informação segura: a interrupção no desenvolvimento é temporária. Não che­gar ao topo da curva ou estar abaixo dela não significa necessariamente que seu fi­llio não está se desenvolvendo direito.

Para estabelecer a nova curva foram examinadas seis populações distintas, compreendendo cidades dos Estados Unidos, da Índia e do Brasil, além de paí­ses da Europa, Oriente Médio e África. "No nosso país, a cidade gaúcha de Pelotas foi a escolhida por apresentar um conjunto de pequenos habitantes com as características exigidas pelo estudo", jus­tifica o pediatra Mauro Fisberg, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp ."É importante ressaltar que tan­to a nova curva, como todas as anterio­res, é apenas um referencial. Só o pedia­tra, durante o acompanhamento clínico, vai saber se a criança está ou não se de­senvolvendo a contento" , ressalta Fisberg. O pediatra Ary Lopes Cardoso, do. Ins­tituto da. Criança do Hospital das Clí­nicas de São Paulo, reforça essa linha de raciocínio: "Mesmo porque, por mais que a meninadade de Pelotas tenha preen­chido os requisitos necessários, o Brasil apresenta uma diversida­de étnica muito grande, que deve ser con­siderada".

Não tem jeito. Se a mãe ou o pai for baixo ou se os dois tiverem esse biótipo, dificilmente a criança vai ser alta. "Ainda assim costumo recomendar que se evitem comparações, porque tudo depende do cada caso", diz o pediatra Ary Lopes Cardoso. A genética, é claro, determina um padrão de crescimento, mas nada é tão simples. "É preciso avaliar se os pais têm baixa estatura por questões hereditárias ou por influência do meio externo", ressalta o pediatra. Por exemplo: o pai pode apresentar genes de um indivíduo alto, mas ter sofrido uma deficiência nutricional na infância, ficando baixinho.


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