Ver as partes iluminadas da vida



Um mesmo fato pode ser causa de queixa para uma pessoa, e fonte de ale­gria para outras.
Há um antigo conto: uma anciã tinha duas filhas. Uma delas casou-se com um rapaz que tinha uma loja de guarda-chu­vas, enquanto a outra, com um rapaz que tinha uma loja de zorí (N. da T.: chinelos com tiras entre os dedos). Quando chovia, ela lamentava, pensando na filha cujo marido tinha a loja de zorí: "Coitada da minha filha! Se chover tanto, não conse­guirá vender os zoris".
E, quando o tempo estava ensolarado, lamentava, pensando na filha que se casara com rapaz que ti­nha a loja de guarda-chuvas: "Oh, se esse bom tempo continuar, ela não conseguirá vender os guarda-chuvas". Então, certa pessoa lhe ensinou: "Senhora, em vez de lamentar quando chove e também quan­do faz sol, pense 'Que bom que está cho­vendo, pois minha filha venderá muitos guarda-chuvas' e, quando faz sol, pense que 'Que bom que minha filha venderá muitos zoris'. Fazendo isso, a anciã viveu muito feliz.

Parece algo disparatado, mas é preciso saber que, dependendo do modo de ver, o mesmo fato pode gerar uma conclusão totalmente diferente. Todas as pessoas conseguem saber dos acontecimentos do mundo e observar diversos fatos de modo similar, mas "de que modo julgar o fato" e "de que modo interpretá-Io" difere de pessoa para pessoa. Vivendo no mesmo mundo, numa mesma época, observando os mesmos acontecimentos, as pessoas têm resultados diferentes, segundo o modo de cada uma julgar e agir.

Aquilo que as pessoas percebem através dos cinco sentidos - ou seja, da visão, dos ouvidos, do nariz, da boca e da pele - é em geral parecido, mas a escolha de que parte introduzir na sua percepção é feita por cada pessoa. Sendo médico, eu pensava que via com os olhos e ouvia com os ouvidos. Po­rém, fiquei surpreso em saber que vemos com a mente através dos olhos, e que ouvimos com a mente através dos ouvidos. Tendo os ouvidos, nós escu­tamos, mas, se a mente não atuar com a disposição de ouvir, não estaremos ouvindo de verdade. O mesmo ocorre com outros sentidos. Vamos reconhecendo aquilo que conseguimos conhecer por meio dos cinco senti­dos, através de um filtro denominado mente. Aqui se encontra um ponto importante. Uma mesma coi­sa será sentida de diversas formas quando passar pela mente de muitas pessoas.

Significa que a pessoa que consegue observar apenas o lado iluminado de tudo possui uma mente iluminada, uma mente alegre. Se assim reconhecer o lado iluminado das coisas e seguir rumo a esse lado, evoluirá cada vez mais, assim como as plantas crescem buscando a luz.

Portanto, mesmo que no mundo exista o lado ilu­minado e o lado obscuro, cada pessoa tem a liber­dade de escolher para que lado se dirigir. Entretan­to, para trilhar o caminho que leva à prosperidade, deve observar somente o lado iluminado de tudo e dirigir-se sempre para esse lado.

[Do livro Daredemo Seikô Dekiru]
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