Como se estuda o interior da Terra?

  Embora ainda não seja possível observar direta­mente o interior da Terra - a mais profunda per­furação já feita chega a apenas 13 quilômetros ­os cientistas aprenderam muito com as vibrações produzidas pelos terremotos. Essas vibrações, de­nominadas ondas sísmicas, se disseminam a par­tir de um Joco subterrâneo de tremor; ao atingi­rem a superfície são registradas e sua intensida­de é medida.


O estudo dos três tipos de ondas sísmicas - de superfície, compressivas, e de cisalhamento - re­velaram uma região de 15 a 50 quilômetros de profundidade na qual abruptamente as ondas ficam mais lentas. Essa região é conhecida como descontinuidade de Mohorovicic, ou Moho, em honra ao sismólogo croata que a descobriu, em 1909. A Moho marca uma mudança súbita na denSidade e em outras propriedades das rochas; na verdade, ela separa a crosta e o manto. Exis­tem outras descontinuidades. em profundidades de 2.900 a 5.100 quilômetros. Em vez de esperar pelos terremotos, os cientis­tas costumam detonar explosivos subterrâneos e registrar as ondas sísmicas produzidas. Também recorrem à tomografia sísmica para construir mo­delos tridimensionais do interior da Terra.


Ondas sísmicas

Quando as ondas sísmi­cas atingem uma des­continuidade, ou um limite entre as camadas, atra­vessam diretamente ou por refração, ou são re­fletidas a partir da des­continuidade. As curvas de distância e tempo mostram que as ondas diretas chegam primeiro às estações próximas ao tremor, pois percorrem a distância mais curta. Nas estações mais dis­tantes, as ondas refra­tadas, mais rápidas, chegam primeiro. O ponto no qual ambas as ondas chegam juntas indica a profundidade do limite da camada.

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