Povo corrupto, políticos corruptos!



As pessoas são interessan­tes: ora protestam contra a im­probidade, ora são exemplos vivos da desonestidade. Basta que observemos as atitudes mais corriqueiras de muitos ci­dadãos, que logo as classifica­remos e sabere­mos o porquê da existência de políticos corruptos.

Primeiro, faz-se conveni­ente mostrar que o brasileiro é o estereótipo do homem apro­veitador, aquele que gosta de levar vantagem em tudo. É co­mum, é derradeiro, é fato o que­rer tirar vantagem de tudo. Uma seleção de situações rotineiras mostra o sentimento egoísta das pessoas. Analisemos, pois, o que o brasileiro faz.

Saqueia cargas de veícu­los acidentados nas estradas, afinal estão lá, caídas, não são de ninguém. Estaciona nas cal­çadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas e quando re­cebe uma muffa tenta subornar a autoridade polícial, que, por sua vez, recebe o "agrado" e bate nas costas do infrator di­zendo "boa viagem".

Falar no celular enquanto di­rige parece ser normal, sendo anormal aquele que não o faz. Parar em filas duplas, tiplas, em frente às escolas, apenas para o filho entrar, rapidinho, segue a mesma classificação. Os beber­rões ignoram o perigo de dirigi­rem alcoolizados e se aventuram - e aventuram também as outras pessoas - com a suas voltas para casa.

Fura filas nos bancos, no metrô, no supermercado, utilizando-se sempre das mais es­farrapadas desculpas. Nas fes­tas familiares ou entre amigos, espalha mesas, churrasgueira nas calçadas, afinal de contas não pode colocar a churras­queira perto do seu varal de rou­pas, porque senão nas suas roupas poderá ficar impregna­do o cheiro da fumaça.

Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho. Quando viaja a ser­viço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20. Adora fazer "gato" de luz, de água e de TV a cabo, pagar pelos serviços e produtos con­sumidos é besteira.

Nas relações comerciais, comercializa até objetos doados nessas campanhas de catás­trofes. Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado. Também, registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para , pagar menos impostos.

Mente a idade do filho para que este passe por baixo da role­ta do ônibus, sem pagar passa­gem. Emplacao carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bi­cho. Falsifica tudo, documentos pessoais, recibos, notas, DVD's, ingressos e outras coisas mais.

Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem. Sem contar as vezes que paga para os "car­regadores" passarem suas compras na alfândega entre o Paraguai e o Brasil.

Por fim, negocia seu voto com os políticos a troco de qual­quer coisa: areia, cimento, tijo­lo, dentadura. Não que o voto deva ser negociado a troco de coisas mais valiosas, jamais. O que não deve haver é a negociação do voto.

A essa altura, faz-se neces­sário ressalvar que generalizar é o mesmo que cometer injusti­ça. Assim como existem pes­soas que jamais fariam essas coisas, existem políticos muito bons, que realmente dedicam o tempo que têm, muitos já dedi­caram a vida que tiveram, para garantir os intereses públicos.

Todavia, a maioria dos bra­sileiros pouco se importa com o princípio da boa-fé e da probi­dade. E esses mesmos brasi­leiros quererem, ainda, que os políticos sejam honestos. Ora, os políticos saem do meio des­sa gentalha, contaminada pelo fungo da ignorância e da deso­nestidade. Os políticos são re­flexos dessa sociedade mes­quinha e egoísta.

Até quando a "Lei de Gérson" vai imperar na nossa sociedade? Será que um dia a honestidade será a regra e a exceção será a corrupção? Amudança deve co­meçar em nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes, para que então possa se refletir na política. Do contrário, caminha­remos cada vez mais nesse mo­vimento retrógrado, rumo a um futuro desgraçado.  

Fonte: Folha Batel  

Tags: políticos, política, probi­dade, corrupção, probi­dade, Paraguai , IPVA, im­probidade, im­probidade admisnistrativa,  políticos corruptos.

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