Agressor de mulher terá que ressarcir gastos do INSS



Agressores de mulheres deixarão de responder apenas criminalmente em casos de vi­olência doméstica e passarão a ser punidos também no bol­so.

A partir do dia 7 de agosto, a Advocacia-Geral da União (AGU), em nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pôs em prática uma iniciativa pioneira: ajuizar ações regressivas para cobrar o ressarcimento de gastos da União com auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte para os de­pendentes.

Ações regressivas já são ajuizadas pela União em maior escala contra empresas res­ponsáveis por acidentes de tra­balho - 2 mil processos em 21 anos, que somam mais de R$ 360 milhões. No ano passado, (2011) começaram os processos contra causadores de aciden­tes de trânsito. Agora, uma for­ça-tarefa federal cuidará tam­bém de ações de violência do­méstica.

O projeto deverá ser esten­dido a todos os Estados, por meio de parcerias com os Mi­nistérios Públicos locais. Além da Secretaria de Políticas para Mulheres, já foram firmadas parcerias com as delegacias de Brasília e Espírito Santo.

A iniciativa terá início com a entrada, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Bra­sília, de duas ações que já cus­taram R$ 53 mil aos cofres pú­blicos, com estimativa de ultra­passar R$ 209 mil. Um dos casos que terá a ação ajuizada hoje é um homicídio ocorrido em 5 de fevereiro. O marido matou a mulher, deixando um filho de 3 anos. Até este mês, foram pagos R$ 3.859 de pen­são por morte à criança, que, a princípio, tem direito ao benefí­cio até completar 21 anos. Nes­se caso, o custo à Previdência Social seria de R$156 mil.

A outra ação regressiva cobrará do acusado de uma tentativa de homicídio com qua­Iificadores, ocorrida em setem­bro de 2009, os R$ 49.160 pa­gos à ex-mulher, referentes a dois auxílios-doença, frutos da agressão.

Lei Maria da Penha

A escolha da data para ini­cio das ações não foi aleatória: a Lei Maria da Penha, que pune praticantes de violência domés­tica, completa hoje seis anos. No último semestre, (2012) a quanti­dade de denúncias feitas à Cen­tral de Atendimento à Mulher, destinada a casos de agressão, praticamente dobrou.

O número exato será divul­gado pela Secretaria de Políti­cas para as Mulheres, mas fi­cou em tomo de 350 mil. Aesti­mativa é de que os atendimen­tos já tenham ultrapassado 2,5 milhões desde a criação do serviço, em 2005. De janeiro a março, (2012) o Ligue 180 fez 201.569 atendimentos. Entre os 24.775 relatos de violência, a física (de lesão corporal a assassinato) é a mais frequente, com 14.296 registros (58%).

Mais do que representar aumento dos casos, o cresci­mento de denúncias demons­tra conscientização. "Mulheres vão ganhando conhecimento e informação", diz a secretária de Enfrentamenfo à Violência Con­tra Mulheres, Aparecida Gonçalves.  

Tags: Lei Maria da Penha, mulheres, agressão às mulheres, violência doméstica, Advocacia-Geral da União, INSS, Previdência Social, Tribunal Regional Federal. 

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