O que fazer quando criança não quer ir para a escola?



A rejeição à ida para a escola pode ocorrer no primeiro dia, ou mesmo depois de estar freqüentando-a por um de­terminado período.
As crianças que apresentam rejeições ou desadaptações escolares, evidenciam na realidade, um comprometimento emocional mais ou menos grave, dificuldades na aprendiza­gem ou mesmo algum problema orgânico que tanto pode ser físico ou de causas psicológicas. Portanto, a avaliação da si­tuação deve ser em nível neurológico, pedagógico, motor e psicológico.

Quando isso ocorre, se deve em primeiro lugar anali­sar todas as situações que envolvem a criança, partindo do principio de que a adaptação escolar tem seu início na moti­vação da criança pelo aprender como colocamos antes.

A criança pode rejeitar a escola por vários motivos, que devem ser analisados e corrigidos. Os principais são: ansie­dade de separação: mesmo quando a criança está acostuma­da a separar-se da mãe por algum tempo, fica ansiosa por ter que deixá-la para permanecer na escola, que é um mundo novo, grande e desconhecido, diferente do pequeno mundo familiar ao qual está habituada. Esta ansiedade de separa­ção pode ser maior na mãe do que na própria criança. Ela pode perceber o problema da mãe e sentir dificuldade em deixá-la. Nesta ansiedade de separação, pode ocorrer o medo de perder a mãe por causa morte ou pela preferência ao ou­tro irmão. Exigência além do normal: isso ocorre quando os pais criam uma expectativa muito grande em relação aos resultados do filho.

No seu ajustamento escolar sente-se in­capaz de uma atuação no nível que se espera dele. Esse sen­timento de incapacidade pode conduzi-lo a uma sensação de fracasso e faze-lo querer fugir dessa situação. Pais orgu­lhosos, que muitas vezes forçam uma criança sem conside­rar a sua capacidade, freqüentemente provocam esse problema. A superproteção do filho: todo filho que recebe ex­cesso de proteção em casa, prefere estar com os pais do que enfrentar uma situação nova e desconhecida que é a escola. Gravidez da mãe ou nascimento de um irmãozinho: as duas situações podem fazer com que a criança passe a querer per­manecer o maior tempo possível perto da mãe.

Não é uma boa idéia mandar uma criança para uma creche ou pré-es­cola em época de nascimento do irmãozinho. O mais velho pode encarar a saída de casa como uma rejeição. Problemas no relacionamento do casal: nesta situação a criança passa a ter medo de que na sua ausência possam ocorrer brigas ou mesmo a separação dos pais. Doença prolongada ou morte de um familiar: essa situação depende diretamente de como o ambiente, através das pessoas, reflete na mesma. Mudan­ça de residência para outra região: isso faz com que a crian­ça, quando não está bem preparada, sinta uma sensação de desânimo por ter que enfrentar tudo de novo; todas as cau­sas relacionadas ao estresse.

Os problemas relacionados à escola que causam rejei­ção são: não ser bem acolhido pela professora; medo de com­panheiros agressivos e provocadores; mau aproveitamento escolar; receio de ser chamado a exposições orais em classe, devido a problemas de dicção ou de timidez; repreensões ou humilhações por parte dos professores; má aceitação pelos companheiros; algum defeito físico que pode ter chamado a atenção dos demais; dificuldade para aprender determina­das matérias.

Muitas vezes a criança psicologicamente reforça a re­cusa, apresentando sintomas orgânicos, estes mais convin­centes para a família, como dor de cabeça, falta de apetite, dores abdominais, náuseas, diarréias, vômitos, palidez facial e outras somatizações. Além desses fatores, pode ocorrer a recusa a ir para a escola por motivos circunstanciais e passageiros como: por temer enfrentar a professora, porque não fez a lição; a iminente visita de uma pessoa da família que lhe é muito queri­da; uma briga no dia anterior com algum coleguinha.

Depois de reconhecer o conflito em que se encontra a criança, que não quer ir à escola, todas estas causas preci­sam ser pesquisadas e resolvidas da melhor maneira possí­vel. Todas as pessoas ligadas à família e à escola devem par­ticipar na busca da solução. Não adianta castigar a criança que não deseja ir à esco­la, mas formar uma parceria com ela para juntos superar a situação. Pois quem a está castigando, pode ser o próprio causador do problema.

Sabemos que em todos os casos o melhor é prevenir, e a melhor forma é aplicar na educação da criança todos os acertos na educação já mencionados anteriormente e os que ainda serão mencionados. Para completar tudo isso, os pais devem ter segurança quanto à escola em que o filho vai es­tudar, para transmitir essa confiança ao filho; quem for apa­nhar a criança na saída da escola não deve se atrasar, pois ela pode sentir-se desamparada e não querer mais voltar às aulas. Procure conversar ao máximo com o filho sobre a es­cola, a professora, os coleguinhas e todos os demais fatores que envolvem essa relação.
De qualquer maneira, é preciso paciência e muito amor. Pois ao mesmo tempo que o mundo é fascinante, também é ameaçador para a criança, que precisa de afetividade, aco­lhimento e segurança, para não encarar a vida com temor.

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1 comentários :

Anônimo disse... [Responder comentário]

ESTOU PASSANDO ESSA DIFICULDADE COM MEU FILHO DE 8 ANOS. NÃO VAI MAIS PARA ESCOLA, FICA TODO DURO SE BELISCA TODO, GRITA.

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