Quanto mais bife no prato, mais niacina no corpo. Grande verdade. A carne vermelha é mesmo uma das principais fontes da vitamina. Porém, esbaldar-se com a suculenta picanha ou o gordo contrafilé de costela é a receita que leva ao entupimento das artérias por... gordura saturada, claro. E isso anula o benefício proporcionado pelo ácido nicotínico - outro nome do nutriente. Sem contar que, para botar o HDL lá em cima, seria preciso ingerir diariamente algo entre 1 e 2 gramas de niacina. O que significaria, por exemplo, mandar para dentro do estômago de 7 a 14 quilos de bife de figado - e, convenhamos, nem mesmo um ultracamívoro fanático pela iguaria consumiria essa montanha de vísceras. "Para o cardíaco não há como suprir as necessidades de niacina apenas pela alimentação", díz, categórico, o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo.
Quem precisa afastar o risco de problemas cardiovasculares por causa do colesterol alto tem a alternativa de deglutir comprimidos de niacina. "Ela funciona melhor do que os remédios disponíveis para elevar o HDL", opina o cardiologista Raul Dias dos Santos, do Instituto do Coração, o Incor, na capital, paulista. Os suplementos de ácido nicotínico já existem no mercado há meia década. Só agora, porém, pesquisas realizadas em diversas s universidades americanas e européias apontam o quanto eles são capazes de aumentar o bom colesterol e como isso acontece. "O HDL pode se elevar em até 30%", observa Marcelo Bertolarni, diretor do Instituto Dante Pazzanese, na capital paulista. Com menor intensidade, a niacina também age nos triglicérides, outros velhos inimigos do peito, reduzindo seus níveis.
Essa vitamina do complexo B eleva o HDL, o bom colesterol. Só que dá as caras em alimentos que transbordam a maléfica gordura saturada.
1. Os adipócitos - as células de gordura do seu corpo - soltam moléculas de ácidos graxas que seguem para o fígado. Lá essas partículas se transformam nos infames triglicérides.
2. Logo as células hepáticas tratam de se livrar deles, despejando-os em pequenos grupos na circulação. Unidos, eles compõem o VLDL - sigla que nomeia precursor do LDL, mau colesterol.
3. Em seu trajeto o VLDL pode cruzar com moléculas de HDL cheias de colesterol. Então, uma proteína - a CETP - obriga a uma troca das bagagens: o VLDL passa a carregar o colesterol e o HDL, os triglicérides.
4. O HDL é quem recolhe o colesterol nas paredes dos vasos. Mas, lotado de triglicérides, torna-se incapaz
de cumprir essa tarefa e vai para o fígado, onde perde uma proteína, a Apo-A1. Sem ela, ao voltar à corrente sangüínea, mal consegue varrer o colesterol e, pior, pode ser destruído.
PRIMEIRA BATERIA
A niacina corta o ciclo logo no início. Uma vez ingerida, chega aos adipócitos e bloqueia o envio de ácidos graxos para o fígado. Isso, indiretamente, freia a fabricação dos triglicérides.
AÇÃO SECUNDÁRIA
O ácido nicotínico também atua diretamente no fígado. Lá ele estimula a produção da Apo-Al, aquela proteína que compõe o HDL. Na ponta do lápis, mais Apo-Al no forno significa mais HDL no corpo e trabalhando direito, bem entendido.
A PARTE RUIM
Dez em cada dez pessoas que tomam a niacina estão sujeitas ao flush, um rubor que pode coçar bastante, mas que não passa disso. "O ácido nicotínico estimula a produção de uma substância que aumenta o fluxo sangüíneo na pele", explica Raul Dias dos Santos. Para amenizar a reação, o tratamento começa com doses baixas que, gradualmente, são elevadas até atingir o nível ideal. Uma alternativa é tomar comprimidos em dose pediátrica de ácido acetilsalicílico para aplacar a vermelhidão, que, em seis meses, tende adesaparecer.
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1. Os adipócitos - as células de gordura do seu corpo - soltam moléculas de ácidos graxas que seguem para o fígado. Lá essas partículas se transformam nos infames triglicérides.
2. Logo as células hepáticas tratam de se livrar deles, despejando-os em pequenos grupos na circulação. Unidos, eles compõem o VLDL - sigla que nomeia precursor do LDL, mau colesterol.
3. Em seu trajeto o VLDL pode cruzar com moléculas de HDL cheias de colesterol. Então, uma proteína - a CETP - obriga a uma troca das bagagens: o VLDL passa a carregar o colesterol e o HDL, os triglicérides.
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PRIMEIRA BATERIA
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Dez em cada dez pessoas que tomam a niacina estão sujeitas ao flush, um rubor que pode coçar bastante, mas que não passa disso. "O ácido nicotínico estimula a produção de uma substância que aumenta o fluxo sangüíneo na pele", explica Raul Dias dos Santos. Para amenizar a reação, o tratamento começa com doses baixas que, gradualmente, são elevadas até atingir o nível ideal. Uma alternativa é tomar comprimidos em dose pediátrica de ácido acetilsalicílico para aplacar a vermelhidão, que, em seis meses, tende adesaparecer.
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