As armas contra a fibromialgia



O mistério de tanto sofrimento está na cabeça - ou melhor, em como o cérebro percebe a dor. En­quanto sobram neurotransmisso­res que mandam mensagens dolo­rosas, faltam os de efeito analgési­cos. Por isso, estímulos que para qualquer pessoa não passam de um leve incômodo provocam uma rea­ção exagerada na massa cinzenta. "É uma amplificação dolorosa", tra­duz a reumatologista Suely Roi­zenblatt, da Universidade Federal de São Paulo. Não há exame capaz de flagrar a doença, só mesmo uma boa avaliação clínica - incluindo a história do paciente e os chamados pontos de dor, ou tender points.
O desajuste dos neurotransmis­sores é uma bomba-relógio. Um dia a vítima sofre um trauma físi­co ou um grande estresse emocio­nal e a enxurrada de hormônios que acontece nessas situações ba­gunça o frágil equihôrio, disparan­do a fibromialgia. "Daí o doente não consegue voltar ao estado nor­mal", relata a fisioterapeuta Ta­tiana Ferraiol de Almeida, autora do badalado trabalho da Unifesp. "O organismo se reorganiza como pode", conclui. Então começa a sen­tir dores que não sentia antes. As mulheres são as mais afetadas jus­tamente por questões hormonais.

Ciclos de sofrimento

A reação imediata do corpo é contrair os músculos, o que facili­ta lesões que causam ainda mais dor. Com isso, fica difícil dormir bem. Daí o cansaço e o estresse se instalam, deixando o cenário ainda mais dolorido.

O resultado é um circulo vicioso até que um simples toque, mesmo feito com carinho, é interpretado pelo cérebro como um grande cutu­cão - fenômeno chamado alodí­nea. "É preciso saber quebrar esses ciclos dolorosos", explica Tatiana.

Metade do século XIX

Médicos observam padrões esquisitos de dor e batizam o quadro com vários nomes, entre eles fibrosite.

1981

Surge o termo fibromialgia, que significa justamente dor nas fibras musculares.

1987

O conjunto de sintomas é classificado como uma nova síndrome pela Associação Médica Americana.

1990

O Colégio Americano de Reumatologia define os critérios para o diagnóstico, incluindo os tais tender points.
 
 
É consenso entre os médicos que a associação de várias terapias dá os melhores resultados


Remédios

Além dos antidepressivos tricíclicos, uma série de drogas ajuda a combater a dor, como analgésicos, ansiolíticos e até, em alguns casos, o hormônio do crescimento.

Exercícios físicos

São essenciais para melhorar o condicionamento muscular, mas devem ser lentos e progressivos, sempre muito bem orientados para não piorar a dor.

Acupuntura

Uma pesquisa da reumatologista Evelin Goldenberg comprovou que ela é um excelente coadjuvante dos medicamentos para a redução da dor e da ansiedade provocada pela situação.

Fisioterapia

Estudos mostram que ela ajuda a diminuir a dor e a melhorar o condicionamento. Várias técnicas­como o ísostretching, o watsu,a eletroterapia combinada, o RPG, o biofeedback - têm ótimos resultados.

Psicoterapia

É importante para ensinar o paciente a lidar com a doença e fundamental nos casos em que aparece um forte componente emocional como gatilho.

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