Uma visão histórica da educação especial

Aspectos históricos

A história da atenção à pessoa com deficiência tem se caracterizado pela segregação, acompanhada pela conseqüente e gradativa exclusão, sob diferentes argumentos, dependendo do momento histórico focalizado.
No decorrer da História da Humanidade foram se diversificando a visão e a compreensão que as diferentes sociedades tinham acerca da deficiência.

A forma de pensar e por conseqüência a forma de agir com relação à deficiência enquanto fenômeno e à pessoa com necessidades educacionais especiais enquanto ser, modificaram-se no decorrer do tempo e das condições sócio-históricas .

Idade Média - Etapa Filantrópica

Com o advento do cristianismo e consequente constituição fortalecimento da Igreja Católica surge um novo segmento: o clero.
As pessoas doentes, defeituosas e/ou mentalmente afetadas, de acordo com as idéias cristãs, não podiam mais ser exterminadas, já que também eram criaturas de Deus. A política vigente era a de favores. Da mesma forma que na Antigüidade, alguns continuavam a ser "aproveitados" como fonte de diversão, como bobos da corte, como material de exposição, etc.

A educação, nessa época, tinha duas vertentes de objetivos: uma, de natureza religiosa, visava formar elementos para o clero. Outra, caracterizada por objetivos específicos diferenciados, dependendo do local e dos valores assumidos pela sociedade, variando de formação para a guerra, até a formação para as artes .

De Coisas alcançaram à condição de Filhos de Deus. Pessoas doentes, defeituosas e/ou mentalmente afetadas (provavelmente deficientes físicos, sensoriais e mentais), em função da assunção das idéias cristãs, não mais podiam ser exterminadas, já que também eram criaturas de Deus.

Assim, eram aparentemente ignoradas à própria sorte, dependendo, para sua sobrevivência, da boa vontade e caridade humana, na melhor condição eram abrigados em igrejas, conventos, asilos.

Idade Moderna

Várias foram às mudanças ocorridas nesse período, tanto em termos das estruturas social, política e econômica da sociedade, como nas concepções filosóficas assumidas na leitura e análise sobre a realidade.

No que se refere à deficiência, começaram a surgir novas idéias, referentes à sua natureza orgânica, produto de causas naturais. Assim concebida, passou também a serem tratados por meio da alquimia, da magia e da astrologia, métodos da então iniciante medicina, processo importante do século XVI. O século XVII foi palco de novos avanços no conhecimento produzido na área da Medicina, o que fortaleceu a tese da organicidade, e ampliou a compreensão da deficiência como processo natural.

ANOS 60 a 80 - Etapa da Integração

• Anos 60 e 70 marco referencial da consolidação dos movimentos sociais, tendo como princípios normatizadores a individualização, a normalização e a integração.

Final dos anos 70 e anos 80 - consolidação do paradigma da integração

Proposta de um novo modelo de convivência social.

• Trabalha-se o aluno com deficiência fora do contexto social, depois de "pronto", busca-se integrá-la na sociedade.

• A sociedade não se modifica.

ANOS 90 - Etapa da Inclusão

Revolução de valores e atitudes.

Respeito a diversidade humana.

• Mudanças na estrutura da sociedade e da educação escolar.

• A Escola Inclusiva considera a necessidade de todos os alunos, estruturando­se em função destas necessidades.

• A estrutura educacional existente deve ser eficiente para atender à todos, nos seus diferentes níveis de ensino.

• Escola e Educação buscam apoio para trabalhar a DIFERENÇA, sem tirá-la do convívio social.

SÉCULO XXI

INCLUSÃO: políticas e intervenções decisivas e afirmativas no processo de desenvolvimento do sujeito; e reajuste da realidade social.

A proposta explíçita de inclusão, principalmente em âmbito escolar, é a de superar as situações de exclusão, reconhecendo os direitos da diversidade e estimulando a participação social plena na sociedade.

·2004 - Montreal- Canadá OPS/OMS - 06 de outubro de 2004 - Declaração de Montreal sobre a Deficiência Intelectual.

·2008 - Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva - Brasília - Janeiro de 2008

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