A existência do planeta Terra é superior a quatro bilhões de anos, segundo pesquisas geológicas. A vida também é antiga, pois os biólogos acreditam que as primeiras células vivas datam de três bilhões de anos. Entretanto, o aparecimento dos animais superiores, aqueles que possuem uma anatomia complexa, é recente: datam de setenta milhões de anos. O ser humano, mamífero descendente de um ramo dos primatas, se desenvolve há três milhões de anos.
Até nossos dias, a evolução do ser humano esteve condicionada por uma série de mudanças na espécie, que só foram possíveis devido a sua capacidade de pensar e lutar pela superação de suas necessidades. Foi enfrentando com o raciocínio necessidades como alimentação, vestuário ou moradia, que o gênero humano se desenvolveu. Nesse processo de evolução, a utilização das mãos foi decisiva.
A partir do momento que um grupo específico de primatas conseguiu adotar uma postura ereta, as mãos começaram a ser usadas como ferramentas para pegar e segurar objetos. Ao contrário de outros mamíferos, quando o homem passou a utilizar apenas os pés para se locomover, deixando as mãos livres, pôde fabricar outras ferramentas que o ajudaram a enfrentar o meio em que vivia. Nasce assim o trabalho: atividade que exige do gênero humano o uso constante das capacidades mentais e físicas na construção dos meios que possibilitem a sobrevivência.
Vale salientar que todo esse processo, além de levar milhares de anos, não atingiu um indivíduo isoladamente, mas todos. Essas conquistas se deram dentro de um processo educativo coletivo, no qual os seres humanos aprenderam juntos a sobreviver. Foi esse enfrentamento coletivo com a natureza que possibilitou o desenvolvimento da linguagem.
De posse das formas de expressão e comunicação que a linguagem possibilitou, e através do uso de novas ferramentas, os seres humanos aperfeiçoaram seus hábitos alimentares, o que implicou um maior desenvolvimento do seu modo de viver e de pensar. Assim, com o passar do tempo, o gênero humano começa a utilizar o fogo, a roda, os metais, novos tipos de alimentos ...
O trabalho leva o ser humano a seguir o caminho da civilização: a partir do momento em que transforma a natureza, o homem também se transforma. A natureza, por sua vez, passa a trazer as marcas da ação humana.
Passando a viver em lugares fixos através de atividades agrícolas e pastoris, foi possível ao homem organizar-se em tribos. As tribos evoluem, as atividades ligadas ao trabalho se dividem, nasce a especialização das funções: enquanto alguns caçam, outros plantam ou ainda fabricam cestos. Aparecem as regras de convivência, as crenças, as tradições, o desejo de domínio de uma tribo sobre outra. A luta entre tribos rivais levou às primeiras formas de exploração do homem pelo homem. Nascem as primeiras formas de escravidão.
É em meio à divisão social do trabalho e à escravidão que vão aparecendo as primeiras cidades. O início da vida urbana traz novas atividades como o comércio, a navegação, o artesanato. A cidade institui nova forma de viver; a troca de idéias passa a ser maior. Surgem novas formas de organizar a vida: as normas se tornam leis e as leis, por sua vez, fixam costumes, tradições e maneiras de agir que são tidas como convenientes pelo grupo social. Nasce assim a sociedade: uma vida em grupo que se caracteriza por apresentar relações sociais complexas onde, segundo Durkheim, o interesse coletivo impõe regras às condutas individuais.
As primeiras grandes organizações sociais complexas apareceram entre 4000 e 2000 a.c. São as civilizações do Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Índia, China, Grécia e as civilizações americanas pré-colombianas.
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