A estréia da criança na escola



Uma pesquisa, revelou que 22% das mulheres de nível socieconômico privile­giado se sentem culpadas por deixar seus pequenos na escola. Entre as de baixa renda, esse índice é de apenas 3%. "No primeiro caso as mães procuram realização pessoal", explica a psicóloga Lidia Weber, autora do trabalho. "Elas acham que dão mais importância à car­reira em detrimento dos filhos", completa a professora da Universidade Federal do Paraná. "Já as do segundo grupo trabalham por necessidade. Se pudessem parar, ficariam em casa."
Os especialistas garantem: é normal os pais vivenciarem esse tipo de senti­mento. "Eles apenas devem se controlar para não contaminar o filho. A criança é como uma esponja: absorve tudo", diz a psicóloga. Esse cuidado é importante, porque ir à escola desde muito cedo só faz bem, atestam diversos estudos. "Essa é a fase da vida de maior desenvolvimen­to cognitivo e emocional", diz Femanda Nedopetalski, coordenadora pedagógica da Escola de Educação Infantil Quintal, em São Paulo. "No colégio as crianças têm estímulos o tempo todo."

É claro que os pequenos também po­dem estranhar a nova realidade, o que não deixa de revelar certas carências. Por exemplo: o moleque que faz escândalo durante a despedida no portão da escola é classificado pelos psicológos como ansioso e precisa reafirmar o companheirismo dos pais. Segundo padrões internacionais, 19% dos meninos e das meninas se en­caixariam nessa definição. Por outro lado, 21 % da garotada seria do tipo apático, ou seja, não demonstra interesse pela aula nem mostra felicidade no horário de saí­da, quando pode ir para casa. Aí a solução é dar mais e mais carinho.

Aliás, a escola é de grande valia nas duas situações. "O importante é ir aos poucos no processo de adaptação. Um dos pais deve permanecer na escola até a criança fi­car à vontade", opina Silvana Leporace, que trabalha com orientação educacional no Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. Em geral, porém, cerca de 60% da crian­çada é considerada segura. Logo, logo en­tra direto na sala de aula, mal se despedin­do dos pais - que, cá entre nós, na hora agá até sofrem um pouco com o desdém. Mas ele é um ótimo sinal. "Essa criança tem certeza de que eles a amam e vão buscá-la ao fmal do dia", diz Lidia. Aí, quem precisa se acalmar é o pai ou a mãe.

O modo como seu filho reage:

Seguro - é aquele faz pouca ou nenhuma manha ao ser deixado no colégio. Depois da aula recebe os pais com entusiasmo. Representa cerca de 60% das crianças.

Ansioso - Sabe aquela criança que chora muito e protesta só de avistar o portão da escola? É esse o tipo. Passa boa parte da aula vigilante para ver se os pais pais já vieram buscá-la. Entre os pequenos, 19% se enquadram nessa categoria.

Apático - Ele se mostra desinteressado. Depois das aulas evita os pais no reencontro, como se estivesse se vingando por ter sido deixado na escola. São assim cerca de 21% dos meninos e das meninas.

SEM TRAUMAS

Algumas dicas para um início de vida escolar tranqüilo:

Visite a escola antes do começo das aulas. Assim você se sente seguro quanto às instalações e seu filho logo se ambienta.

Nada de chororô. Em vez disso, diga frases como: "Agora você vai fazer um monte de coisas legais, depois a gente vem buscá-la".

Fique atento nos sinais. Se a criança sempre alega dores bem na hora de ir à escola, se chora ou demonstra ansiedade antes de toda aula, investigue os motivos em parceria com o colégio.



Gostou do artigo? Compartilhe nas redes sociais!


Encontrou o que procurava? O blog lhe foi útil? Então, curta o Yesachei no Facebook!

0 comentários :

Postar um comentário

Atenção!

Faça seu comentário, mas sempre com responsabilidade, caso contrário, ele não será publicado!

Não serão aceitos comentários que denigram pessoas, raças, religião, marcas e empresas.

Sua opinião é importantíssima para o crescimento do blog. Portanto, comente, o blog agradece!

2leep.com