Homem-matéria: o erro do materialismo



No homem existem o lado material e o mental. Se con­siderássemos que toda ação do pensamento humano seja algo resultante de reações químicas de de­terminadas substâncias materiais existen­tes no cérebro, teríamos de admitir que a guerra não poderia ser evitada, visto que a vontade de o homem realizar a guerra seria uma reação química das substâncias alimentares.
 Os roubos e os assassinatos também não poderiam ser evitados, por­que seriam praticados em decorrência de reações químicas dos alimentos.
Toda reação química é necessaria­mente automática, assim como oxigênio combinado com hidrogênio resulta em água. Destarte, tanto os roubos quanto os assassinatos seriam ações automáti­cas, e as pessoas que os cometessem não poderiam ser condenadas. Uma ação au­tomática não pode ser punida, da mesma forma que não se pune um trem que atro­pelou um ser humano. Entretanto, tudo que funciona automaticamente, por mais notável que seja o resultado, não merece nenhum discurso apológico. Por mais que o trem percorra corretamente sobre os trilhos, ele não merece ser louvado nem condecorado. O trem roda sobre os trilhos porque assim foi estruturado. Se a obra de um pintor fosse considerada mera reação química do seu cérebro, por melhor que fosse o quadro, não poderia ser elogiado e as pessoas diriam apenas: "Que reação química excelente!".

"Certas pessoas cumprem o de­ver filial e outras tornam-se comunistas levadas pelas reações químicas de seus respectivos cérebros." Se cada atitude humana fosse inevitável, não haveria ne­cessidade da guerra ideológica intentada pelo partido comunista. A educação es­colar também seria desnecessária, o mais importante seria esforçar-se no sentido de descobrir alimentos e medicamentos que modificassem ou melhorassem as re­ações químicas do cérebro. Entretanto, até mesmo esse "esforço para descobrir" decorreria de uma reação química do cé­rebro e cairia num círculo vicioso, cuja conclusão seria: conformar-se com aquilo que o cérebro fizesse em continuidade à reação química anterior. Assim, o homem não conseguiria efetuar nenhum esforço mental. Estaria preso às "amarras" das reações químicas da matéria, perdendo totalmente a liberdade.
 
Por mais inteligentes que sejam os argumentos, não podemos considerar correta a filosofia materialista, pois suprime totalmente a liberdade do homem, deixando-o completament impotente.

Mesmo não sendo materialista, uma filosofia espiritualista mas pessimista como a formulada pelo pelo grande filósofo alemão Schopenhauer não pode ser considerada uma filosofia correta porque, quanto mais a pessoa ponderar sobre ela, mais triste, aborrecida, descontente e infeliz se tornará. E, de fato, o próprio Schopenhauer ficou tão influênciado por suas idéias pessimistas que sofreu a vida toda de uma doença crônica estomacal, chegando a afirmar: "Neste mundo apenas deixo de sofrer durante os quinze minutos do meu banho". Desse modo, por mais brilhantes que sejam os argumentos, uma filosofia que adoece o homem e torna sua vida cheia de sofrimentos não pode ser considerada correta. Nietzche, pr sua vez, disse que a vida é mais preciosa que a Verdade. Por mais correto que seja o argumento, uma filosofia que não vivifica a Vida não é Verdade. Sendo Verdade autêntica, sempre vivifica a Vida.
 
[Masaharu Taniguchi]

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Biografia Arthur Schopenhauer

Arthur Schopenhauer foi um filósofo alemão do século XIX da corrente irracionalista. Nasceu em Danzig, na Prussia, 22 de Fevereiro 1788 e morreu em Frankfurt am Main, 21 de Setembro 1860.

Pessimista em sua visão do mundo, considerou ser a Vontade a última e mais fundamental força da natureza, que se manifesta em cada ser no sentido da sua total realização e sobrevivência. O conceito de Vontade deste filósofo diz respeito a algo infinito, uno, indizível, e não a uma vontade finita, individual, ciente. Ela estaria presente no homem, como em toda a natureza. Para Schopenhauer, a realidade é vontade irracional, onde o finito nada mais é que mera aparência da realidade. A vontade infinita, traz com ela a característica da insaciabilidade, sendo então algo conflituoso que geraria dor e sofrimento ao homem.

Iniciou estudos de medicina na universidade de Gottingen, mudando depois para filosofia, na universidade de Berlim. Sua tese Vierfach Wutzel der Zats uber zurechern Grund ( "Sobre a quádrupla raiz do princípio da razão suficiente") foi escrita em 1813. O difícil convívio com sua mãe com certeza marcou sua personalidade mas ela lhe permitiu conhecer intelectuais como Goethe (1749-1832), que freqüentavam sua casa em Weimar, centro da vida cultural alemã em sua época. Com a herança recebida do pai pôde viver sua vida de solteiro com relativo conforto e inteiramente entregue ao seu trabalho intelectual. Seu principal livro, Die Welt als Wille and Vorstellung ou "O Mundo como vontade e representação" (1819), embora o seu livro Parerga e Paraliponema (1851) seja o mais conhecido.

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Biografia Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche nasceu em 1844 na Alemanha numa cidade conhecida por Röcken. A sua família era luterana e o seu destino era ser pastor como seu pai. Nietzsche perde a fé durante a adolescência, e os estudos de filologia combatem com o que aprendeu sobre teológia: Durante os seus estudos na universidade de Leipzig, a sua vocação filosófica cresce. Foi um aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, e aos 25 anos é nomeado professor de Filologia na universidade de Basiléia.

Durante dez anos desenvolveu a sua filosófia em contacto com pensamento grego antigo. Em 1879 seu estado de saúde obriga-o a deixar de ser professor. Sua voz ficou inaudível. Começou uma vida errante em busca de um clima favorável tanto para sua saúde como para seu pensamento (Veneza, Gênova, Turim, Nice, Sils-Maria...) :

Em 1882, começa a escrever o Assim Falou Zaratustra. Nietzsche não cessa de escrever com um ritmo crescente. Este período termina brutalmente em 3 de Janeiro de 1889 com uma "crise de loucura" que, durou até à sua morte, coloca-o sob a tutela da sua mãe e sua irmã.

Estudos recentes atribuem a sua morte um cancro do cérebro, que eventualmente pode ter origem sifilítica. Sua irmã falseou seus escritos após a sua morte para apoiar uma causa anti-semita. Falácia, tendo em vista a repulsa de Nietzsche ao anti-semitismo em seus escritos.

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