Embora em geral as pessoas nem pensem nela, a atmosfera terrestre é o bem mais precioso da Terra. Ela se formou pouco após o planeta, há cerca de 4,6 bilhões de anos, a partir dos gases liberados pelas colisões dos planetesimais que deram origem à Terra. Cerca de 3 bilhões de anos atrás, as plantas começaram a processar a fotossíntese, alterando a atmosfera primitiva com a emissão de vastas quantidades de oxigênio.
Com o tempo, desenvolveu-se na atmosfera uma estrutura complexa, com diversas camadas, estendendo-se a cerca de 1.000 quilômetros de altitude. A atividade atmosférica ocorre na camada mais inferior, a troposfera, onde a pressão do ar e a temperatura diminuem com a altitude. Mais acima, na estratosfera, a temperatura se eleva, com o aumento da altitude. Cerca de 25 quilômetros acima da superfície, uma fina camada de ozônio absorve em parte a nociva luz ultravioleta emitida pelo sol, protegendo os organismos que se encontram embaixo. Acima desta vem a mesosfera e, em seguida, a termosfera, cujo ar é muito rarefeito, que inclui a ionosfera, onde os gases ionizados refletem as ondas elétricas da superfície do planeta, permitindo as comunicações de rádio. Entre 500 e 1.000 quilômetros há uma região conhecida como exosfera e, além dela, a magnetosfera, sensível à influência do campo magnético terrestre, mas desprovida de atmosfera.
Outrora, a atmosfera se modificou como reação à vida vegetal; e atualmente se modifica em decorrência das atividades humanas. A poluição dos automóveis, das fábricas e dos pulverizadores de aerossol ameaça o delicado equilíbrio dos gases. Os habitantes da Terra começam a perceber que a atmosfera é tão frágil quanto preciosa.
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