Terra: o planeta magestoso

   Entre todos os planetas do Sistema Solar, apenas a Terra teve a boa sorte de se for­mar nem tão perto, nem tão longe do Sol. E, em conseqüência, tornou-se o único pla­neta cujas temperaturas permitem a exis­tência de abundante água líquida.

Essas condições úmidas e amenas foram ideais para o desenvolvimento de várias for­mas de vida, a primeira das quais surgiu apenas cerca de 1,5 bilhão de anos após a criação do planeta. Muitas eras de evolução produziram finalmente seres inteligentes, que começaram a se indagar a respeito do lugar que chamavam de lar. Há mais de 2 mil anos, por exemplo, os filósofos gregos de­duziram que a Terra era uma esfera; e hou­ve a comprovação disso quando os navios de Magalhães circunavegaram o globo, no sécu­lo XVI. Por fim, no século XX, fotos a partir de satélites revelaram o planeta como uma linda orbe azul, flutuando no espaço.

O interior da Terra, no entanto, perma­nece um mistério oculto. Oculto, porém não desconhecido. Usando ondas sísmicas e campos magnéticos para sondar indireta­mente o interior do planeta, os cientistas descobriram que ele consiste de três cama­das principais: a crosta, o manto e o nú­cleo. Essas camadas armazenam grande energia, que pode vir violentamente à su­perfície sob forma de terremotos e vulcões, mas que também é responsável pela forma­ção de cadeias de montanhas e de depósi­tos minerais de grande valor. Em resumo, a aparentemente sólida superfície da Terra é meramente a cobertura de um fervilhante e dinâmico caldeirão de energia e matéria.

A imagem recebida por um satélite meteorológico revela a grandeza e a beleza do planeta. Embora com freqüência seja chamada de esfera, tecnica­mente a Terra é um esferóide, ligeiramente acha­tada nos pólos devido à força centrífuga de sua rotação.

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